Comprar apartamento para alugar: vale a pena investir em 2026?
- Carla Tomizawa
- 3 de nov.
- 4 min de leitura

Recentemente, o mercado imobiliário tem observado uma série de mudanças — desde alterações nas regras de financiamento até novas dinâmicas de demanda por aluguel. Isso leva muitos investidores a se perguntarem: “Ainda vale a pena comprar um apartamento para alugar em 2026?” Neste artigo, vamos dissecar os fatores que influenciam essa decisão, os riscos e as oportunidades, para que investidores e incorporadores possam avaliar com mais clareza esse tipo de investimento no cenário atual.
Por que a ideia de investir em apartamento para alugar ganhou força?
Nos últimos anos, diversos fatores vêm impulsionando o interesse por imóveis para locação:
Tensão no mercado de crédito e juros elevados: com taxas de financiamento mais altas, algumas pessoas acabam optando por locar em vez de comprar, elevando a demanda por apartamentos alugados.
Mobilidade urbana e novas preferências de residência: profissionais mais jovens e nômades valorizam flexibilidade — locar em regiões estratégicas pode ser mais atraente que adquirir imóvel em locais distantes.
Valorização imobiliária e expectativa de ganho patrimonial: muitos veem no imóvel não apenas uma fonte de renda, mas também um ativo que tende a se valorizar no longo prazo.
Modelos inovadores de locação: opções como "apartment as a service", locações de médio prazo ou apartamentos mobiliados geram novos nichos de mercado.
O mercado de aluguel por temporada em ascensão
O mercado imobiliário brasileiro está passando por uma transformação significativa, impulsionada por mudanças demográficas, tecnológicas e comportamentais. Dentro deste contexto, o segmento de aluguel por temporada destaca-se como um dos mais promissores e de maior crescimento.
O mercado de aluguel por temporada no Brasil tem experimentado um crescimento exponencial, com projeções de expansão de 15% ao ano até 2028. Este crescimento é impulsionado pela economia digital, popularização do home office e o fenômeno do nomadismo digital, criando uma demanda sem precedentes por acomodações flexíveis e bem preparadas.
Simultaneamente, o mercado de short stay representa metade das unidades do setor multifamily, com 331 mil m² (ou 6,2 mil unidades) previstas até 2025.
A análise regional mostra uma concentração significativa no Sudeste, que totalizou 384 mil imóveis listados em plataformas de aluguel por temporada em 2023. Em termos de faturamento, o Rio de Janeiro lidera com mais de R$ 1,2 bilhão (crescimento de 67%), seguido por Florianópolis com R$ 568 milhões, reforçando o potencial dessas regiões.
O que mudou — e como isso afeta o investimento?
Para decidir bem, é fundamental entender quais vetores de impacto estão em jogo:
1. Juros, inflação e custo de capital
Em períodos de elevação de juros, o custo do crédito encarece e pode reduzir a atratividade de empréstimos e financiamentos imobiliários. Além disso, a inflação tende a corroer rendimentos nominais se o reajuste dos aluguéis não acompanhar.
2. Tributação, encargos e legislação
Tributos como IR, IPTU, e custos com manutenção, seguros e administração pesam na rentabilidade líquida. Há também regulamentações locais que podem interferir — por exemplo, regras municipais para aluguel de temporada ou exigências urbanísticas.
3. Vacância e risco de inadimplência
Mesmo em grandes centros, imóveis podem ficar desocupados por alguns períodos ou sujeitos à inadimplência de aluguéis. Isso exige planejamento financeiro — reservas para cobrir “buracos” no fluxo de caixa são indispensáveis.
Por outro lado, cidades do Sudeste como São Paulo, Rio de Janeiro e Florianópolis apresentam taxas de vacância mais baixas, impulsionadas pela diversidade de eventos, turismo e fluxo constante de profissionais ao longo do ano. Esses fatores ajudam a manter a demanda aquecida, especialmente em regiões próximas a centros empresariais, universidades e polos culturais. 4. Localização e perfil do imóvel
Nem todos os apartamentos têm igual potencial de retorno. Fatores como proximidade de transporte público, infraestrutura urbana, demanda de público (estudantes, subúrbios ou áreas centrais) e acabamento fazem grande diferença.
5. Alternativas de investimento
Comparar com outras classes de ativos é fundamental. Por exemplo, investir em fundos imobiliários (FIIs) oferece liquidez e diversificação; ações ou renda fixa têm seus prós e contras; cada opção exige ponderação frente ao investimento direto em imóveis.
E agora: vale ou não vale?
Para saber se vale investir em 2026, vamos comparar cenários hipotéticos:
Cenário otimista: localização privilegiada, imóvel de padrão médio a bom, vacância reduzida e reajustes de aluguel que acompanhem a inflação. Nessa situação, o investidor pode obter retorno líquido atrativo (após custos), além da valorização patrimonial ao longo dos anos.
Cenário conservador ou adverso: imóvel em localização menos favorecida, alta vacância, reajustes limitados e altos custos de manutenção e tributos. O retorno pode ficar bem mais modesto — e em alguns casos até negativo em termos reais.
Ou seja: sim, pode valer a pena — mas somente com estudo de viabilidade criterioso e gestão ativa.
O que fazer para aumentar as chances de sucesso?
A Noak Invest oferece uma solução integrada e tecnologicamente avançada que unifica todos os serviços necessários para transformar um imóvel em uma propriedade otimizada para aluguel por temporada. A solução abrange desde a análise inicial de viabilidade do imóvel até a gestão completa da operação de hospedagem, passando por projeto arquitetônico, execução de reformas, decoração especializada e integração com plataformas de reserva.
Para agir com segurança e maximizar o retorno, algumas estratégias são recomendadas:
Realize análise de viabilidade robusta (fluxo de caixa, simulações de vacância, custos, impostos).
Escolha imóveis em localizações estratégicas, com tendência de valorização e forte demanda.
Busque profissionais especializados em reformas para imóveis de locação, a fim de maximizar o potencial do investimento e o ROI.
Mantenha reserva financeira para períodos de vacância ou reformas emergenciais.
Aplique contratos bem elaborados, com cláusulas de reajuste, penalidades e garantias adequadas.
Acompanhe variáveis macroeconômicas (taxa de juros, inflação, política urbana e tributária local) para ajustar estratégias.

Conclusão
Comprar apartamento para alugar em 2026 pode ser um investimento interessante — desde que não seja feito no escuro. O retorno depende fortemente da localização, da gestão, do direcionamento e do posicionamento correto do seu imóvel perante o mercado. Busque diferenciais que agreguem valor e tornem sua propriedade mais competitiva. Para quem tem perfil de investidor ativo, visão de longo prazo e disposição para acompanhar o mercado, esse caminho continua sendo atraente.
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